A sociabilidade
constitui o ser humano do início ao fim de sua vida. Relacionar-se com outras
pessoas é uma necessidade constante para o bem-estar psíquico e também físico.
A solidão adoece. O encontro enriquece. A vida em grupo possibilita
crescimento, aponta oportunidades, consola nos momentos difíceis. Mas nem
sempre a convivência é simples.
Conviver é o
desafio de encontrar harmonia nas relações, equilibrando planos compartilhados
com visões de mundo diferenciadas. Nesse aprendizado diário, momentos de
alegria se alternam com pequenas discussões, que às vezes abalam o
relacionamento com a família, com os amigos, com o companheiro ou companheira.
Apesar dos altos e baixos nas relações interpessoais, o ser humano precisa do
contato com o outro para viver bem.
- O indivíduo
isolado não existe, mesmo quando estamos sós os outros nos acompanham
internamente - diz a psicóloga Nelma Aragon, diretora do Instituto de
Psicologia Social Pichon-Rivière.
A construção
desses laços sociais começa desde o nascimento, quando mãe e bebê estabelecem
os primeiros vínculos. Depois, cada etapa vai constituindo novas redes de
relações: o ambiente escolar, as tribos da adolescência, os colegas da
faculdade, o casal, os grupos de terceira idade.
- A
sociabilidade nos constitui por toda a vida, é assim que se aprende a confiar
em si mesmo e não temer o mundo - ensina Nelma.
Convívio social é uma das
dimensões avaliadas pela pesquisa Índice de Bem-estar (IBE), realizada pela
Unimed Porto Alegre. A satisfação com as relações interpessoais é determinante
para o bem-estar, pois permeaia a vida humana em todas as suas fases.
É sobre isso que
este especial pretende falar. Ao longo desta semana, você conhecerá histórias
de convivência saudável na infância, na juventude, na vida adulta, na velhice e
na vida conjugal. Vai conhecer também evidências científicas de que dedicar
tempo ao encontro com o outro e cultivar afetos é receita para a longevidade.
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